sábado, 28 de julho de 2007

Agridoce*

Foi o ano passado que tive as mais loucas férias de sempre. Se é que se pode chamar férias. Férias pressupõe a ideia de descanso. E descanso foi - a par de boa comida - coisa que não tivemos.
Mas foi em 2006 que seis pessoas loucas decidiram pegar no carro e ir... até onde nos deixassem ir!
Material:
Mapa da Europa da Michelin
Uma geleira (ou eram duas)
Tenda de campismo (just in case)
Sacos-cama
Máquinas fotográficas
Reservas em seis das mais desconhecidas (para nós) pousadas de juventude europeias.
Carrinha de seis lugares.
Alegria total :)
Quantas pessoas sabiam exactamente para onde estavamos a ir?
0.

Bxana toda contente a caminho de sabe-se lá de onde.
Título da foto: Bxana Hippie.
Foto by I Have No Idea.
Bxana & Friends ( esq. para dir.) : Badalhoco, Morgainne, Bxana, Paulinha e Nemo.
Título da foto: Madrid by night.
Porra, que a comida espanhola é má para catano :(
Paelha, paelha, paelha...
Não se deixem iludir. Os sorrisos por detrás das máscaras são igualmente patetas!
Um sonho tornado realidade: Estamos no Prado!
Depois de termos andado anos a combinar, ainda nos tempos de faculdade, lá irmos... at last!
Esq. para dir.: Pata Badalhoca, Bxana e Paulinha!
Título da foto: As meninas do Velásquez conhecem as meninas Gudurosas!
Foto by Badalhoco

Depois de uma passagem por Andorra (ficámos numa pousada tão familiar, mas tão familiar, que nem nos deram chave para trancar a porta do quarto, durante a noite. Ficámos os seis no mesmo quarto, pelo que, ao menos se entrasse um serial-killer por ali dentro, sempre se tinha de dar ao trabalho de apertar seis pescocinhos), a caminho da fronteira...

Título da foto: Adeus Alpes. Bem vindo a França. Foto by Bxana.

Ahhhhh... Cerca de 30 minutos depois de termos entrado em solo francês, eis que a Pata Badalhoca, a Morgainne e o Nemo dão o alerta: "A placa, olhem a placa!". Bem, parece que em França eles têm um certo apreço pelo meu nome. Ao ponto de o darem a um restaurante. Só espero que seja um sítio com muito estilo.

Título da foto: La Bexane en France. Foto by Bxana, le portugaise.

Et voilá! Estivemos lá! Na terra do Padre Saunière, sim, aquele que inspirou o Dan Brown a criar a personagem com o mesmo nome no "O Código Da Vinci". Rennes- Le-Chateau, terra que expira misticismo e marketing por tudo quanto é sítio. Já era conhecida antes, por ser um espaço dedicado ao culto de Maria Madalena, e por ter 523 lendas sobre tesouros, espiritualismo, etc (de relembrar que Carcassonne é quase ali ao lado, ou seja, cátaros, misticismo...).
Após o advento do Dan Brown, escusado será dizer que actualmente é uma vila pejadinha de turistas. Os "Renne-le-Chateauneanos" agradecem...
(aquilo é literalmente no meio do nada!)
Da esq. para dir.: Pata Badalhoca, Paulinha, Morgainne et Bxana
Título da foto: Maria Madalena, estamos chegando!
Foto by Badalhoco
Esta é a lojinha mais fofa de Rennes. Vende tudo o que é possivel e imaginário sobre misticismo e afins. Tudo dentro de uma boa onda, of course. Têm uma livraria bem porreirinha. Se quiserem dar lá um saltinho, endereço on-line está li mesmo em cima.
A criatura que está a tentar fundir-se com a montra sou eu.
Título da foto: Bxana quer comprar souvenirs.
Foto by I Have No Idea.
No interior da igreja.
Aqui não dá para ver, mas a abóbada está decorada com estrelas, o que faz um efeito magnífico.
Mistérios de Maria Madalena à parte, foi a capela mais estranha que vi até hoje.
Não me intepretem mal - é diferente e é bem pequena, mas é mesmo muito bonita.
Título da foto: Olhei para o céu, estava estrelado, vi um anjinho a tentar não ser flashado...
Foto by Badalhoco.

Um exemplo de como esta capela é... peculiar. À entrada, junto da água benta, temos este fantástico conjunto: quatro anjos a fazer o sinal da cruz.

Título da foto: Estes aqui foram à catequese.
Foto by Badalhoco.

Segundo a lenda, Saunière, quando chegou a Rennes para tomar seu lugar como pároco, mandou fazer obras na igreja, o que obrigou a escavar certos locais não só dentro do recinto, como no cemitério em anexo. Semanas depois, Saunière mandou selar o recinto. Diz a lenda que terá encontrado algo fantástico enterrado no cemitério, o que explica como ele conseguiu tamanha fortuna, que deu não só para construir uma nova igreja, como uma Villa, para proveito do próprio. Alguns dizem que ele achou o Graal, e com ele imensos tesouros.
Nós simplesmente achamos que ele encontrou o túmulo de uma velhinha muito rica, que tinha sido enterrada com as jóias de família.

Isto tudo para explicar o porquê de eu estar prestes a saltar aquele muro.
Aquele é o muro que separa a Villa do cemitério (que está fechado ao público).
Estavamos naquela: "Saltamos... não saltamos...?" Bem, nem eu nem a Pata Badalhoca saltamos.

Título da foto: Bxana a ver as vistas.
Foto by Badalhoco.

Pata Badalhoca e eu na Torre Magdala... Sim, o Saunière mandou construir (sabe-se lá com que guito) dentro da sua Villa, uma torre à qual deu o nome de Magdala (ou seja, Madalena). Consta que dentro da torre ele guardava a sua biblioteca pessoal. Obviamente, hoje ninguém sabe onde param os livros... Nem nunca ele explicou a sua preferência pelo nome "Magdala"...

Título da foto: Gudurosas na Torre da Madalena.
Foto by Badalhoco.

A Torre Magdala propriemente dita!
Eu, o Badalhoco e a Pata Badalhoca a saudar efusivamente o povo que, em histeria, nos acenava, lá de baixo!

As fotos que tiramos não conseguem demontrar a sensação estranha que é entrar e circular dentro da Torre... é como se alguém ainda lá estivesse...

Título da foto: On the top of the world.
Foto by Morgainne.

Carcassonne! Não pudemos passar por lá por falta de tempo, apesar dos meus miados de protesto. A Pata Badalhoca, que é uma espécie de mana mais velha aqui da Bxana, prometeu-me que lá voltariamos um dia. Em breve. Estou à espera!

Título da foto: E Carcassonne ali tão perto...
Foto by Morgainne.


Montpellier.
Não sei muito bem o que hei-de dizer sobre Montpellier...
Vamos fazer o seguinte paralelismo...
Estão a ver Lisboa? Bem, comparando com Montpellier, Lisboa é mais limpa, bem organizada, os condutores respeitam mais as regras de transito, tem menos obras, menos edifícios degradados, e tem muito mais policiamento.

Não desfazendo dos Montpelienenses (nem de Lisboa!)... fiz-me entender?
(da esq. para dir.: Bxana, Pata Badalhoca, Morgainne, e Paulinha)

Título da foto: Gudurosas e (mais um) arco do triunfo.
Foto by Badalhoco.

Barcelona! Adoro esta cidade. Ficámos lá menos tempo do que desejariamos, mas já iamos com um certo atraso (tinhamos uma data estipulada para regressar ao trabalho, e tal...). A pousada onde ficámos é espectacular! Não me lembro do nome, mas fica mesmo lááá em cima, nos píncaros da cidade. Em Barcelona, jantámos o quê? O quê?
Paelha... uau, que bom, paelha...

Título da foto: Pata Badalhoca e Bxana preparam-se para ir à Sagrada Família.
Foto by Badalhoco.


Lá estamos nós, piquininas!
Da esq. para dir.: Paulinha, Bxana e Pata Badalhoca.

Título da foto: Gudurosas na Sagrada Família.
Foto by Badalhoco

Não, se existe cansaço aparente nesta foto é só relembrar que já andavamos em tour há mais de uma semana! O facto de estarmos a subir o caminho para a Alhambra, em Granada, é só um pequeno pormenor. Ah, e sim, Granada é um verdadeiro espectáculo! E vimos pouquíssimo!
Da esq. para dir.: Pata Badalhoca, Bxana e Paulinha!

Título da foto: A caminho da Alhambra.
Foto by Badalhoco.

Mas tivemos de fazer uma paragem! Encontrámos um minhau espanhol!!!
Obviamente, tivemos de perder um certo tempo a enchê-lo de miminhos!
Queria tanto tê-lo trazido comigo...:(
(o facto de não saber se ele tinha ou não dono... é irrelevante)

Título da foto: Minhau fofinho!
Foto by I Have No Idea.

Sevilha, Isla Magica. O resto dos Gudurosos vieram juntar-se a nós, nesta ultima fase da viagem - 12 doidos, ao todo! Final da tarde, já tinhamos andado em praticamente todas as diversões. Se é que o Jaguar induz qualquer tipo de divertimento. Adiante...
Da esq. para dir.: Maharet, Bxana, Pata Badalhoca e Suri.

Título da foto: O descanso das guerreiras.
Foto by I Have No Idea.

Isto é o Jaguar.
Eu andei nisto.
E não gostei.
Ia vomitando uma bola de pêlo...
MIAUS!
(estou quase a ir de férias... mas este ano serão menos estranhas...)

*E os menos distraídos perguntam: porquê agridoce? Bem, foram umas férias espectaculares, apesar do cansaço e de certos episódios mais complicados que enfrentámos (perdemo-nos imensas vezes, fomos assaltados duas vezes, etc...). Mas também porque me traz à memória momentos bxanos menos felizes, que tive de enfrentar nesse mesmo espaço de tempo.
Mas também, antes um molhinho agridoce que... OMG, not again... paelha...:)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Ser ou não ser... ah, pois, espera, isso é do Hamlet...

Na sexta-feira conheci a Karvela, essa grande senhora de sapiência invulgar, (e com um bom-gosto para prendas como eu nunca vi, c'um catano :), e numa aura de misticismo, caminhámos para a fila da Bertrand, para comprarmos, evidentemente, o mais recente estudo sobre Sartre e como é que ele inventou a treta do Existencialismo.
Infelismente, já não tinham exemplares. Para não dizer que não traziamos calhamaço metafísico nenhum, ponderámos entre trazer a biografia do Cristiano Ronaldo, ou o mais recente livro do Harry Potter. Optámos pelo último.
Só por coincidência mesmo. Alguma vez ir lá de propósito, às 12 badaladas... nááá...
Miaus!:P

Coisas terriveis para se ouvir

O meu colega escocês acaba de entrar no escritório, e diz-me, a bom som:
"Hi, 'Bxana'! My, you look terrible!"
Ah... como eu odeio as segundas-feiras...
Update:
Capítulo XXVI do Harry Potter and the Deathly Hallows:
Ainda não encontrei o marcador com a foto da Maddie. Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuu...
Update das 20:57:
Capítulo XXXVII (e último) do Harry Potter and the Deathly Hallows:
Não há marcador com a foto da Maddie. [miau de frustração]
Update das 20:59:
Eu tenho fortes chances de ir parar ao Inferno.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Bxana escondida com o rabo de fora (salvo seja)

As 7 vidas continuam a ser 7. Lá por eu estar a ser massacrada por TRABALHO (fujam...) ainda estou viva :)
E com língua afiada.
Ora vejam:
Aeroporto: Alcochete sem hectares no Campo de Tiro

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Eu e a minha mania de perguntar coisas parvas

Estava eu a visitar sites para comprar a casinha dos meus sonhos (de vez em quando gosto de pensar que tenho dinheiro) quando, ao entrar num site que me oferecia um maravilhoso T3 em terras montijenses, me deparo com isto:







Nota 1:
Epá. Este eu quero. Para além de poder ter 2 quartos e um escritório, ainda posso estar no MONTIJO e ter vista para a serra.

Toda a gente sabe das maravilhas visuais da famosa Serra do Montijo. Mas giro, giro, é ver a Serra no inverno. Cheia de neve e alces.

Nota 2:
Note-se a suposta proximidade do apartamento em relação ao Terminal Fluvial, ao Centro da Cidade, e à Auto-Estrada. Visto que estes são quase em extremos opostos, diria que este apartamento está... a meio? No parque? Onde é que isto fica, 'pá?


(mas será que eles se estão a referir à Serra da Arrábida? Sim, realmente dá para ver 3 milésimas e meia da dita do Montijo... se se estiver em cima de um escadote ou a meio do Tejo...)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sangue novo na Assembleia da República!

Estava aqui a trabalhar honestamente, quando um amigo meu me envia um e-mail com a seguinte imagem:







Não sei porquê, achei que devia colocar aqui, hoje, uma imagem porreira. E está um dia tão lindo...

domingo, 8 de julho de 2007

Arrrrrggggg!

Cheguei à fase do puro consumismo e toca-a-comprar-ser-sem-neurónios! Ou seja, acabei de chegar à fase em que já escolho os filmes que vou ver pelo pacote. Ou seja, pelo cartaz ou pelo título. E eu a pensar que isto só me acontecia com os champôs...
(eu, que há seis meses atrás fazia ainda a ronda diária pelos principais sites de cinema... eu, que comprava as revistas da especialidade... eu, que nos idos tempos em que era estudante-estudante, torrava a mesada dada pelos meus pais em duas dias ao cinema/per semana. Ohhh.... buááááááá!!!!)

O melhor cartaz do filme, so far. Feito por um chinoca qualquer. Bate aos pontos todos os outros. Foi graças a este chinoca que eu liguei aos amigos (meus, não dele) à uma hora atrás, dizendo, "Ok, comprem-me o bilhete para quinta, que também vou".

Deve ser tipo "Marcha dos Pinguins". Deve ser um documentário. Não sei. Não me interessa. Vou ver.

É sobre a Jane Austen. Eu sou fã da Jane Austen. Já li o Orgulho e Preconceito quatro vezes. Eu até hoje adorei todos os filmes baseados nos seus romances (incluindo a mini-série com o Colin Firth, a qual é um dos tesouros da minha Dvdóteca). Eu não sei quem é o realizador/argumentista disto. Não quero saber. Vou ver.




Ainda não entendi bem a história. É qualquer coisa sobre uma miúda e um feitiço (brutalmente original). Tem a Cristina Ricci. Na minha mente, Cristina Ricci = Tim Burton. Não quero saber. Vou ver.

Este então não sei mesmo. Mas vou ver.

Bem... vi os dois primeiros filmes. Portanto faço uma ideia do que trata o terceiro. Uma ideia. Só uma ideia. 'Tou lá.

Eu estudei o reinado desta mulher (Tia Lizzy) na faculdade. Para além do facto de ser uma actriz que fica bem em todos os sacanas dos papéis que faz (Tia Cate), também vi o primeiro filme. Basta-me. 'Tou lá.


Deste sei a história de cor. É a excepção. Para confirmar a regra.



Bom cinema!;)


Na senda do que já escrevi no poste Hogwarts, Lagostins... e Grelos!, e depois de rejubilar com a distinção em causa :) tenho a honra agora de poder passar o testemunho a estas mulheres em cujos blogs deixam miaus de verdadeiro bom humor e boa escrita!


Ah, sim, o textito:

O Prémio Blogue com Grelos premeia mulheres que, na sua escrita, para além de mostrarem uma preocupação pelo mundo à sua volta, ainda conseguem dar um pouco de si, dos seus sentires e com isso tornar mais leve a vida dos outros. Mulheres, mães, profissionais que espalham a palavra de uma forma emotiva e cativante. Que nos falam da guerra, mas também do amor. A escrita no feminino, em toda a net lusófona tem que ser distinguida.

(ordem aleatória)


Ah! Acabaram-se as nomeações! Ainda tinha mais para dizer, mas se desato a quebrar regras é capaz de ser o caos... não...?


Ainda pensei em criar mais nomeações, mas, no fundo, são às pessoas com os links aqui do lado direito que quero agradecer. Estão ali por um motivo*. É que ao "espreitar" os estaminés de cada um, tiro sempre partido de uns bons minutos de alegria!:)


6 nomeações não correspondem à realidade. Ela é muito mais vasta, e os melhores são todinhos!


Obrigada... a tutti!:)




*Quer dizer, se contarmos com as quantias astronómicas que me pagam para colocar ali os links, já são 2 motivos, n'é?;)
Miaus!!!

Sentir a vida no limite

Desportos radicais - vulgo, de verdadeiro perigo - dos nosso dias:


Rappel

Skysurf

Fazer referência pública menos honrosa ao ACNNDSP

(escrever Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado dá cá uma trabalheira).

Portugal tem de «chegar à Índia»

Durão diz que presidência alemã foi como Bartolomeu Dias, passando o Cabo da Esperança. Agora, cabe a Sócrates levar o novo Tratado Europeu «até à Índia».

Eu sempre me pareceu que o governo d’Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado & Friends era conservador, mas um atraso de 500 anos é capaz de ser demais, não?

Comunicado

Mandamento Bxano #451: A partir de hoje, neste blog, não se pronunciará mais o nome S... ups, Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado, sob o risco de a dona deste blog ir para, de castigo, a uma qualquer biblioteca obscura, ou mesmo a um arquivo na cave -4.




Nota: Lembrei-me agora. Eu já sou arquivista. Ah, vai-te mas é encher de pulgas, S... Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Hogwarts, Lagostins... e Grelos!

Eu sou assim como a formiga. Sim, também sou pequenina. Não, não trabalho o Verão todo porque está na minha natureza, mas pura e simplesmente porque me obrigam. A nossa semelhança está no facto de muitos dos posts que vou pondo aqui são rabiscados a caminho de casa ou do trabalho, no trânsito, qual formiguinha a amealhar migalhas em qualquer tempo livre que lhe surja. Ou enquanto espero por um transporte público, enquanto espero por um amigo, enquanto devia estar a trabalhar ou estudar, e ao invés estou a contar todos os mosaicos do chão e a multiplicá-los mentalmente por 453. Depois chego a um pc e desfaço as minhas ideias de fim de tarde em palavras que aqui vou deixando.
Por isso nestes dias tenho mandado postas a alta velocidade, mas espero ainda ir a tempo de agradecer às queridas e divertidas como o catano, a Minerva (um poço de pura sabedoria, é a minha colega de transfiguração, com muita honra!) e a Karvela (minha vizinha, esta mulher é um poço de boas e grandes ideias!), que me agraciaram com as distinções Grelo com Tomates e Blog com Grelos. A minha pouca experiência em receber distinções como estas leva-me a assumir uma pesada capa de timidez e de "sem jeito", aliada à total ausência de ideias inteligentes que exprimam o quanto fiquei honrada e contente!:)
Basta-me por agora dizer (e porque deduzo que seja muito cábula passar a distinção a quem ma ofereceu) que o meu chefe já conhece o vosso blog. Sim, conhece. Visto que já me apanhou x vezes no horário de trabalho a espreitar por lá.
Ch: "Ah, e tal, esse relatório... hum... Avada Kedavra...? Que parte do relatório...?"
Bx: "É... é sobre a conjuntura do contexto da macro estrutura da comunidade portuguesa actual... só para contextualizar mesmo... o relatório..."
Ou então:
Ch: "Tem ai o ficheiro xtpto do... Lagostim? Lagostim?"
Bx: "Ah, pois... é.. 'tá a chegar o Verão... lagostins, camarões... 'tava aqui a pensar em como seria benéfico... para os funcionários... uma fes... uma comemoração... de verão... com lagostins..."
...
Não, isto não é verídico. Das vezes em que fui apanhada, ele limitou-se a olhar e não disse uma palavra. Mas acredito piamente que tenha pensado isto tudo.
Quanto à passagem de testemunho, vou fazê-la amanhã à la noche (nada de perverso ein, só mesmo por falta de tempo!), porque a) o meu chefe está cá hoje; b) hoje vou sair daqui directamente para o SBSR, depois de duas noitadas a fazer trabalhos para a faculdade.
Amanhã por esta hora vou estar tão cansada quanto brutalmente arrependida. De ter feitos os trabalhos para a faculdade, claro.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado

Aha! Já sei onde é que a Jenny Rowling foi buscar a inspiração para esta metáfora aplicada ao Lord Voldemort!!!


O blog e o processo, o processo e o blog... já para não referir a directora do centro de saúde e o cartaz, o cartaz e a directora do centro de saúde, ou mesmo o professor excumungado para a biblioteca depois das piadinhas ao S... Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado...


et caetera...



Pronunciar o nome de José S...livra!


Agora com licença, que vou só ali abrir a porta à Mocidade Portuguesa.




terça-feira, 3 de julho de 2007

Berremos todos e demos as mãos!

Deixem-me dizer-vos que o concerto dos Metallica no passado dia 28, no SBSR, foi espectacular! Tocaram as músicas mais antigas, houve grande empatia público-músicos, resumindo, foi uma festa. Melhor momento: quando eles pararam de tocar somente para nos ouvir (nós, público) cantar.

Mas por muito que tenha adorado esse grande concerto, confesso que não consegui escrever poesia tão linda como a presente neste artigo jornalístico. Passo a citar:

Sem grandes pausas para recuperar fôlego, Hetfield tripulou a devastação sonora ao longo de quase duas horas, dois encores, e 18 faixas "Ride the lightning", "Disposable heroes", "Orion", "Master of puppets", "Sad but true", "Enter Sandman" ou, entre muitas outras, "Am I evil?". O melhor, contudo, estava guardado para o fim: "Seek and destroy", meia dúzia de arrepiantes minutos que deflagraram num êxtase generalizado quando a banda se calou para o público berrar, em uníssono, parte da letra.
...

“Banda se calou para o público berrar em uníssono”
C’a bonito.
Erro: berrámos, mas não foi a letra do “Seek and Destroy”.

Mas estes lindos continuam:

A música dos Metallica é uma porrada deliciosa. Aquela carga eléctrica invade-nos os ouvidos e inunda-nos o corpo com um furor imperioso. O efeito é imediato e certeiro - é absolutamente impossível permanecer quieto quando damos por nós, estamos absorvidos por aquelas guitarras que nos fazem sacudir a cabeça como se tivéssemos abelhas alojadas junto do cerebelo. E isso, como já tivemos oportunidade de dizer, é óptimo.
...

Tomei a liberdade de salientar as partes que mais gostei.
Sacudi-me imenso, dancei e berrei, mas a metáfora das abelhas, meus amigos... tão bem elaborada... genialidade, meus amigos, isto é puro génio...abelhas... mas que linda imagem que se projectou no meu "cerebelo" agora...!

Para não falar da porrada deliciosa.
Que expressão tão interessante. Tão fantástica. Tão masoquista. Tão parva.

Diz-me um amigo meu, quando lhe mostro o artigo: “Gosto da "porrada deliciosa"...
Ai gostas, malando...? Hihi!:P
Enfim... depois disto... snif... venha o Nobel... snif... para o criativo deste artigo...Snif... snif... (desculpem, emocionei-me mesmo muito com a cena das abelhas...)

Agora venham Scissor Sisters. É já na quinta! :)

(tudo a ver, eu sei – who cares?)
Miaus!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Se houvesse um D. Pedro I em cada esquina, isto não andava assim...

... só mesmo para (re)lembrar que está a chegar a época das Feiras Medievais, mais conhecida por "Verão". O sujeito anda escondido, mas a verdade é que o turismo não espera. Sempre a pensar no vosso bem estar, deixo-vos uma sugestão para os próximos dias de Julho, sugerindo igualmente que visitem esta fantástica, excelente e bem bonita festa de Óbidos... mas num dia de semana. Ok, então a um sábado. Mas nunca. Nunca. A um domingo. Este conselho pode salvar-vos a vida.

Ou então, se tiverem tendências suicídas, 'bora lá para Óbidos a um domingo, e enfrentar a turba de portugueses sedentos de ginginhas em copos de chocolate.


Vou estar por lá (em princípio) no último fim-de-semana (amigos cecidianos - que eu sei que lêem isto - vinde!). E sim, vou a um sábado. E a um domingo, talvez. Sim, não tenho amor à vida.
Nem ao dinheiro. É uma porra de uma feira onde me desgraço SEMPRE!



* Sim, sou eu e uma banca de bujigangas. All alone...
** E levo sempre uma ar tão medieval a estas feiras, que é uma coisa impressionante...

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Mum, I don’t wanna grow up!

Colegas da faculdade: “ – Já fizeram o trabalho xtpo?”

Bxana: “- Ainda nem pensei em fazê-lo…, mal tenho tempo para estudar para os exames!”

Colegas: “ – Mas não consegues tirar uns diazinhos antes do exame de (…)? “

Bxana: “ – Bem, eu realmente tirei os dias 28 e 29 de férias.”

Colegas: “ – Para estudares?”

Bxana (com o seu brutal ar de betinha): “ – Não. Para ir ao concerto dos Metallica.”

:)

É só para explicar que os exames não me têm permitido dar grande atenção às minhas pobres vidinhas. Ah, e que estive lá. No SBSR. Ontem à noite. Para um dos concertos que eu ansiava ir desde os meus… hum… 14 anos?

Foi fantástico! E começou assim…



Miaus!!!

sábado, 23 de junho de 2007

O Massacre

Sábado à tarde. Passo pela Fnac Colombo, onde tive o privilégio de obter um autógrafo (muito catita!:) do Rafeiro Perfumado! Infelismente, tive de sair com a mesma rapidez com que cheguei (desculpa lá Rafeirito, mal tive tempo para deixar um miau de agradecimento…) visto que tinha um compromisso inadiável com o Montijo às 19:30.

Viagem esta que não foi, de todo, pacífica.

Massacre #1: Metro. Tento sentar-me no banco onde um jovem rinoceronte e a sua igualmente gentil namorada têm, (re)pousados, os pés. Olho para eles com ar de “Olha, o teu pé importa-se de me dar a vez?”, e ele (o rino), com ar de quem me está a fazer o favor do ano, tira a delicada pata do estofo. Transfere a pata para o banco ao lado, vago.

Paragem seguinte: entra uma senhora, que pretende precisamente sentar-se nesse lugar vago, e olha para o casal de namorados rinocerontescos com ar de “Olha, o teu pé importa-se de me dar a vez?”. Jovens retiram patas do estofo com ar de quem está a sofrer uma lobotomia, mas esquecem-se que eu estou ali ao lado.

O que aprendi hoje: ser pontapeada por dois rinocerontes dói com'ó catano. E deixa nódoa negra.

Massacre #2: Autocarro. Sento-me lá atrás, sozinha, isolada, pequenina. Na estação seguinte entra uma mãe, a sua criança irritante, hiperactiva e com voz de roberto (aquelas marionetas com voz de desenho animado que víamos nas feiras quando éramos putos) e a amiga da mãe, irritante, hiperactiva, com voz de roberto, e estúpida que nem uma bota da tropa. A mãe e a criancinha demoníaca sentam-se atrás de mim, a senhora histérica que ainda não ultrapassou a puberdade senta-se ao meu lado. Ficam os tópicos da conversa que durou os 30 minutos da (longa) viagem. Note-se que a criancinha empoleirava-se no banco da frente (o meu) para melhor falar com a amiga histérica quarentona, sendo que os guinchos de ambas eram proferidos à distância de c. de 20 centímetros do meu ouvido direito.

Tópico 1:
Shrek.


Criancinha do demo, com voz de mascarado
: “Olha, Ana, sabes que vai estrear o Shrek? Sabes? Vou ver amanhã! Sabes o que é o Shrek? Vai estrear! E vou ver amanhã às 17:00? Sabes? Vou ver o Shrek!"

Mulher Histérica: “Vais ver o quê?”
[estão a começar a perceber a parte do “histérica e odienta?]

Criancinha do demo, com voz de mascarado: “O Shrek! O Ogre! Vou ver! Amanhã! Às 17:00! Eu ver o Shrek!”

Mulher Histérica: “Ah, eu não sei se vou. Mas gostava de ir! Eu gosto do Shrek! Sei os filmes de cor! Do Shrek! Gostas do Shrek? Shrek, Shrek, Shrek, Shrek?"

Tópico 2:
Música

Criancinha do demo, com voz de mascarado:
“Eu gosto muito dos 4taste!”

Mulher Histérica: “Sim? Ai o pirralho com 5 anos já gosta dos 4taste? E dos Da Weasel, também gostas? Eu gosto muito dos Da Weasel!”

Mãe da Criancinha do demo, visivelmente orgulhosa: “Ela gosta muito daquela nova, do Huhu-Haha, ouve muita vez! Cada vez que passa da televisão tenho de a chamar para ela ver!!!”
[Aqui, não consegui controlar um esgar, uma gargalhada abafada por uma tosse compulsiva. Portanto, a miúda tem 5 anos, e a mãe incentiva a criatura a ter, como música preferida, o 'Dialectos de Ternura', cuja letra é, passo a transcrever:

"Ela diz que me adora quando a noite vai a meio / Eu sinto-me melhor pessoa, menos fraco, feio / Passa o dedo na rasta com a mão bem suave / Encosta o lábio no ouvido e diz-me: queres que a lave? / Vamos para o chuveiro e ela flui com a água / Lava-me a cabeça, a alma e qualquer réstia de mágoa / Diz que o meu amor lhe dá um certo calor na barriga / É aí que eu sei que quero ser para sempre aquele nigga / Que lhe mete a rir, rir, quando eu lhe faço vir / Da terra até à lua mano, é sempre a subir... / E somos grandes, gigantes com dez metros de alturaFalamos vinte línguas, dialectos da Ternura / Tipo... /Uhhh, uhhh! Yeah, yeah! Faz, faz!Bébé / Água morna em pele quente poro aberto não perfura / a minha alma já tá nua e eu faço-lhe uma jura, jura / Para sempre teu depois da noite volvida / Um segundo ao teu lado já preenche uma vida / O conceito de tempo não entra na sensação / Aquilo que vivemos tá gravado no coração / Segura na minha mão e continua a canção / É a melhor que já ouvi reinventaste a paixão / Ela diz que me adora quando o dia vai a meio / O copo passa de meio vazio para meio cheio / A palavra ganha vida e fala à minha frente / Sigo calmo atrás dela deixo crescer a semente / Em cada beijo há uma frase, em cada frase há um verso / Em cada verso há um lado do lado inverso / De uma história que assombra a memória / Da leveza irrisória de uma conquista notória / Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei / Ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei / Foi por isto que esperei, em cada noite que amei / Ou pensei que amei porque é agora que eu sei / A razão da palavra consagrada / Que tanta gente dá à toa em troca de quase nada / Ela não tá espantada, pelo contrário, relaxada / Revê-se na expressão da expressão enamorada."
[Ok, a letra não fala explicitamente de sexo. É um facto, Sim, é normal uma mãe dizer, orgulhosa, que a petiza de 5 anos ouve Da Weasel várias vezes ao dia. Não desfazendo, eu gosto dos Da Weasel. No meu tempo, com cinco anos, eu ouvia mais era Onda Choque. Adiante]

Tópico 3
Olá


Mulher Histérica:
“ - Olha, Ana, sabes aquela música da Olá? Sabes? Vá, vamos cantar: Não, oh não, não te esqueças de mim, assim…”

Criancinha do demo:
“ - …triste, só e abandonado, gelado…”

Mulher Histérica:
“ - Ronc!”

Criancinha do demo: “ – Hehe, tas a fazer de porco! ‘Boa falar com voz pelo nariz?”

Mulher Histérica: “ – ‘Bôra!”


Tópico 4
Shrek Strikes Back


Mulher Histérica: “ – Então conta-me lá a história TODA do Shrek?”

Criancinha do demo:
“ – Tudo começo com o orge que vivia na floresta, e depois veio um burro, e depois o burro falava, e então e depois…”

[5 minutos depois]
Criancinha do demo: “ – …depois o pinóquio tentou salva-lo, mas usava cuequinhas de menina, e depois mentia, e depois tinha um ramo no nariz…”

[3 minutos depois]

Criancinha do demo:
“ – …mas e depois havia uma bolacha gigante, mas não era uma bolacha gigante, era um boneco de bolacha gigante…”

[isto tudo a ser ginchado a, recorde-se, c. de 20 cm da minha sensível orelhinha de felina…]

Golpe de Misericórdia

Quase a chegar ao fim da viagem, entra numa das paragens uma criancinha amiga da Criancinha do demo, e filha da Mulher Histérica.

Criancinha do Demo II:
“ – Mãe, tenho um brinquedo novo! Faz barulho! Ouve: [som de boneco de borracha a ser apertado insistentemente].



Tudo bem, sou uma gata doméstica. Mas tenho raízes selvagens. Gente sem educação e sem respeito pelos outros, e que assombram os transportes públicos, não me enervem. Não desta forma. Por favor.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Direito fundamental? Deves pensar que podes chegar aqui e dizer o que pensas, como se isto fosse uma Democracia, não?!?

Autor de blogue surpreendido por Sócrates ter apresentado queixa-crime

O autor do blogue que escreveu sobre a licenciatura do primeiro-ministro na Universidade Independente mostrou-se surpreendido por ter sido José Sócrates a apresentar uma queixa-crime contra ele. Para António Balbino Caldeira está em causa um direito fundamental.

Sócrates.
Eu nunca disse mal de si.
Nunca.
Gosto, assim, mesmo muito de si. Quero casar e ter putos louros de olhos azuis consigo. Também acho que os seus ministros são muito bons. E acho que a sua licenciatura é muito boa. Acho que é um excelente engenheiro, e que o mundo só tem a perder se Vossa Excelência [vénia] não praticar os seus vastos conhecimentos de engenharia [vénia].
O mundo está cheio de gente invejosa de si, Ó Grande Ministro!
Por favor, tenha piedade de nós.
Salvé!
Aleluia.

ETA pode ter apartamento no Algarve

Porra, até a ETA tem poiso lá...

Deixa ver se entendi...?

Esta semana, na hora de almoço, estava eu no banco, quando o senhor à minha frente, depois de ter saído da zona do balcão, se dirige à saída, levando na mão um saco cheio de moedas de 1€ e 2€. Sai para a rua, em pleno centro de Lisboa, como se fosse a coisa mais natural do mundo. E o meu pasmo levou-me a segui-lo com o olhar, sem sequer me ter dado ao trabalho de esconder o meu ar de surpresa..

É que o saco era tipo de supermercado, grandote, e com asinhas.

E era transparente.

Ok.................

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Exercício

Faltam 2 dias para o meu exame de Indexação. Indexar sem qualquer critério tornou-se o meu novo objectivo de vida durante as próximas 48 horas. Para praticar, achei que devia “indexar” algumas notícias.

Aviso: Descritores um pouquiiiiiiiinho longos.

I.
Negrão propõe fundo imobiliário para resolver dívidas de curto prazo

O candidato do PSD à câmara de Lisboa, Fernando Negrão, propôs hoje a criação de um fundo com património imobiliário da autarquia para saldar as dívidas de curto prazo.
"Temos de encontrar um solução que salde as dívidas de curto prazo da câmara", defendeu Fernando Negrão, no final de uma visita ao Centro de Saúde de Carnide. Essa solução passa, segundo o candidato, pela criação de "um fundo que contenha uma parte do património imobiliário da câmara de Lisboa que não tenha a ver com aspectos sociais ou culturais relevantes ou com edifícios de natureza histórica".

*

II.
António Costa quer tempos dos semáforos ajustados aos peões

O candidato socialista à presidência da câmara de Lisboa, António Costa, lamentou hoje "o elevado" número de atropelamentos na cidade, defendendo a criação de medidas que reforcem a segurança nas passadeiras e uma alteração dos tempos dos semáforos em benefício dos peões."Estes números mostram que Lisboa é insegura para o peão. Por isso, impõem-se medidas para reforçar a segurança de quem circula a pé na cidade", defendeu o ex-ministro de Estado e da Administração Interna. António Costa propôs medidas de reforço da segurança no atravessamento das passadeiras e uma alteração da temporização dos semáforos. "Temos que ter o tempo dos semáforos calculado para a capacidade dos peões e não para ansiedade dos automobilistas", salientou.
*
III.
Casou durante o funeral da mãe

Um jovem malaio, de 28 anos, casou durante o funeral da sua mãe. As duas cerimónias realizaram-se em simultâneo. A mãe morreu enquanto fazia compras para o casamento do filho, na Índia. Um dos maiores sonhos da progenitora era ver o casamento do filho e esta foi a forma que Sanjeevi Rajan encontrou para realizar o desejo da mãe.
*
Freiras de três conventos espanhóis da província de León aceitaram beber meio litro de cerveja sem álcool durante 45 dias como parte de um estudo para comprovar os efeitos benéficos da bebida para a saúde, noticia a BBC.
As 50 religiosas, com idade média de 68 anos, foram escolhidas pelos pesquisadores devido ao «seu estilo de vida ordenado, regrado e equilibrado». O estudo, elaborado pela Sociedade Espanhola de Dieta e Ciências da Alimentação e pela Universidade de Valência, concluiu que o consumo moderado de cerveja - com ou sem álcool, clara ou escura - pode diminuir o risco de problemas cardiovasculares e reduzir o colesterol.
«Participámos no estudo para bem da humanidade», disse a irmã Almerinda Alvarez ao jornal El Pais, que tem mostrado sempre grande abertura para estas experiências. Se agora foi a cerveja, anteriormente foram estudos sobre a osteoporose ou a doença de Alzheimer.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

So celtic

Esta senhora lançou um novo álbum (já há algum tempo, mas nunca é tarde para lembrar…). É a banda sonora perfeita para quem gosta de obras como o Sevenwaters. E para um momentinho perfeito, nada melhor que ler O Filho das Sombras ao som do The Old Ways, desta grande compositora, Loreena Mckennitt. Sou fã já há muito tempo, e é a ouvir a música dela que volto a acreditar que a vida ainda tem, de facto, muita coisa de mágico.




The Mummers Dance, tocado na Alhambra – estive lá cerca de um mês antes de ela dar este concerto. Foi uma pena não ter sido umas semaninhas mais cedo...





Tango to Évora – absolutamente genial! Esta canção foi o resultado da passagem de LM por Portugal.




Outra grande música – The Mystic’s Dream. É familiar para aqueles que acompanharam a mini-série As Brumas de Avalon, baseada na obra homónima de Marion Zimmer Bradley.




Finalmente (porque não dá mesmo para por aqui todos os vídeos), The Bonny Swans. Também filmado na Alhambra, Granada, Espanha.

Aliás, o centro histórico de Granada é realmente magnífico. Passei por lá quase acidentalmente o ano passado, e fiquei deslumbrada…

Miaus alegremente celtas!!!

DuckTales, uh-uh-uh...

Lembram-se da música Ducktales, da Disney?

Life is like a hurricane here in Duckburg
Race cars, lasers, aeroplanes - it's a duck blur
You migth solve a mystery or rewrite history

Duck Tales, Oo-oO
Every day they're out there making
Duck Tales, Oo-oO
Tales of derring-do, bad and good luck tales, Oo-oO!

When its seems they're headed for the final curtain
Bold deduction never fails, that's for certain
The worst of messes become successes!

Duck Tales, Oo-oO
Every day they're out there making
Duck Tales, Oo-oO
Tales of derring-do, bad and good luck tales, Oo-oO!

D-d-d-danger, watch behind you
there's a stranger out to find you
What to do? Just grab onto some Duck Tales, Oo-oO!

Duck Tales, Oo-oO
Every day they're out there making
Duck Tales, Oo-oO
Tales of derring-do, bad and good luck tales, Oo-oO!
Not pony tails or cotton tails but Duck Tales, Oo-oO!


Parabéns, Duckling Miau!;)


quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tenho uma dúvida!

(Isto é tão mais forte que eu...)

Quando o meu anónimo de serviço Tony cá veio da última vez, colocou-me uma questão, mas eu não consegui ainda responder, porque ele/a não foi muito explícito...


Quando te referiste a Bico, referias-te a este Bico, ou a este Bico?

Porque, apesar de serem vizinhas, eu já fui a este Bico:





Foto de Filipe Araújo

Mas, confesso, nunca fui a este Bico:




Fico à espera de esclarecimento.

E peço desculpa se isto parece que estou a gozar contigo. Porque não estou. Eu seria incapaz disso.

A propósito, uma vez mais obrigada por teres aceite ser o/a comediante de serviço aqui do estaminé. Ainda por cima voluntariamente: amigos, esta criatura aceitou dizer piadas regularmente, aqui no 7vidas, de BORLA!!! E eu ouvi dizer que ele/a até levava caro pelas suas pérolas... mas faz o enorme sacrificio de estar atento a todos os posts que eu escrevo, e mal acabo de assinar mais um texto, ele/a não falha, 'tá cá sempre caidinha/o!

Obrigada por teres abdicado da tua vida social em prol das minhas vidas.

Obrigada por baseares a tua existência naquilo que eu escrevo.

Obrigada por regulares o teu dia-a-dia pelas minhas ideias.

Obrigada por ires buscar inspiração em tudo o que eu digo.

Obrigada pela atenção que me prestas todos os dias.

Nem sei como te hei-de agradecer. Obrigada.

(Tu não me falhes, escreve qualquer coisa bem parva a seguir nos comentários, porque senão as pessoas começam a achar que eu e tu não temos acordo nenhum.)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

What the f*** is this?

Estou muito desiludida com o Santo Antoninho. No meu tempo, meus amigos, ir para os bairros de Lisboa na noite de Stº António era saber pela certa que se ia encontrar comida, bebida, (muita) gente, e... bailaricos!
É certo que o ano passado não fui para os bairros (fiquei-me pelas marchas), mas não fazia ideia que as coisas tinham mudado tanto. Senão, expliquem-me porque é que em cada arraial estava um DJ do Lux??? Sim, porque para ouvir martelada é no Lux! E eu já não vou a essa dita discoteca precisamente porque ouvir incessantemente martelada não faz parte da minha ideia de uma noite realmente divertida!
E foi desta forma que ontem me apercebi que estou a ficar cota... não sou pelo facto de assumir que prefiro o Plateau ao Lux, mas porque para mim uma noite de santos tem de ter arraial com musiquinha... de baile!!! Com pessoas a dançar! E não um retrato fidedigno de uma discoteca de adolescentes-moranguitos! Isso é que é um arraial! Balões às cores! Sangria! Sadinhas (blergh!)! Música de baile!!! Agora isto? Argh...
Sinto-me enganada! Valeu-nos a Bica, onde ainda conseguimos jantar ao som de música portuguesa... ou melhor, de música! Martelos é música? Certo é que tradição também evolução, mas ó meus amigos, toda a gente já se apercebeu que é mais fácil proporcionar um bom convívio num ambiente divertido e dançável...
Agora martelada no Bairro, em Alfama, no Castelo...? Shame on you, people...


(O exame correu bem, by the way!

Venha o próximo! Que é já dia 20...)

terça-feira, 12 de junho de 2007

Me vs Sto António

Hoje, à hora em que começam as marchas em Lx, vou estar a meio de um exame de mais uma cadeira do mestrado.


A minha vida é quá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uá-uáse perfeita!


Bem, mas não vou ser invejosa dos que podem ir festejar, porque a inveja faz mal à pele, ando so on, and so on...

Bons “Santos”!0:)


*Sendo que o da minha terrinha é o Pedrocas... mas a esse dedico-lhe um texto lá para final do mês. Vai ser produzido a seis mãos. Se bem que ainda não sei quem são as outras quatro.
**Gente boa, vou petiscar lá para os lados d'A Voz do Operário, quando as marchas terminarem... pode ser que a gente se encontre por lá!;)
Miaus!!!

domingo, 10 de junho de 2007

'Tá mali!

Não percebo porque é que o Mário Lino não foi a Setúbal por ocasião das Comemorações do 10 de Junho.

Depois de ter alertado o mundo para os problemas de isolamento do Deserto do Sul, bem como da sua fragilidade perante ameaças terroristas, pensei que ele era amigo dos aborígenes.



quinta-feira, 7 de junho de 2007

O que é original é bom

Um apontamento: este post é dedicado a uma pessoa que eu não sei quem é. O que é uma pena, porque se soubesse, juro que ligava para uma qualquer rádio, e lhe dedicava o "Ai Destino..." desse artista tão talentoso, o Tony Carreira.
Estive para ignorar este caso, mas visto que há quem não se canse do tema, vou fazer aqui um breve comentário ao facto de que, no Desblogueador de Conversa, existe alguém que se anda a fazer passar por mim, assinando com o meu nome e apresentando As7Vidas como homepage.
Eu não costumo ligar muito a coisas que não interessam nem ao menino jesus, como é o caso da pessoa usurpadora em questão (sim, tu despertas-me tanto interesse como uma palestra proferida em mandarim sobre a dissecação de rãs). Mas visto que a) já deixei um alerta para esta situação no Desblogueador b) é possível que a pessoa em questão continue a passar por cá para vir buscar inspiração para a sua vidinha deprimente (que concluir perante alguém que não consegue sequer assumir, tipo, uma personalidade...? nem assim... uma pequenina?), vou fazer alguns reparos:
- É claro que te sabia muito bem ter a minha password para puderes assinar por aí com o meu nome, certo? Azar... tirando o Desblogueador, não existe mais nenhum blog em que eu não assine com a senha do blogger! E esta, ein?
- A minha alcunha, Bxana, é conhecida por praticamente toda a gente que me conhece, há anos (perdoem a redundância). 'Bora trocar fotos a ver se os nossos amigos e família nos conseguem distinguir? Hum..?
- Assinar com o nome dos outros é de uma tremenda falta de personalidade. Eu se não tivesse uma personalidade enfiava um tiro na minha cabeça. Todos os dias à mesma hora. Porque deve ser muito triste não ter opinião nem amor próprios;
- Felismente, a minha auto-estima e o meu amor próprio são tão saudáveis, que, para além de ser muito difícil abalá-los, também é difícil que a minha reacção a provocações não seja a mais típica vinda da minha parte: uma valente gargalhada!
- Por fim, não faço intenções de escrever mais sobre isto, visto que o pessoal do Desblogueador já está informado do facto que futuros comentários a aparecer por lá, não serão meus, com muita pena minha, porque se calhar o facto de eu ter um link para o site deles por aqui poderá ser um indicador de que gosto bastante do blog em questão;
- Uma última questão, queriducho/a usurpador/a: finalmente, tiveste o momento alto da tua vida. Um post inteiramente dedicado a ti, aqui, nas 7 Vidas. Confesso que tenho curiosidade se vais aparecer por aqui, a assinar com nomes tão originais com "Anonymous", Anony-mus", ou mesmo "Bxana", ou então um "Até te curtia, mas agora odeio-te Bxana". Ou se trazes a Marinha de Guerra para defender o teu bom nome... Quanto a ódios de estimação, sim, tenho alguns, mas felismente sei lidar muito bem com os meus problemas sozinhas. Sei disto muito bem. E o meu psicoterapeuta também me diz muitas vezes o mesmo.
Estás a ponderar se tenho alguma dose de loucura? Opá, então vê lá se adivinhas... Estou a responder a uma pessoa tão vazia que nem sei se existe. Queres maior loucura que isto?
E sabes de uma coisa...? Tem uma boa vida... e vai daqui um grande MIAU!!! Da Bxana. A verdadeira.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A minha surrealidade

Tenho de admitir que, periodicamente, surgem na minha vida algumas das situações mais fantásticas que este mundo bxano já viu. À conta do episódio da Reitoria, tenho revivido outras situações igualmente suis generis. Exemplos de tesourinhos deprimentes da minha vida:

Em 2006: Estou a sair, ao fim do dia, do meu local de trabalho. Nisto, entra um rapaz, dirige-se a mim e pergunta-me: «Desculpe, onde fica o notário mais próximo
Talvez por ser já fim do dia, talvez por ter entrado por um ouvido e ter saido a mil à hora por outro, eu percebi, e posso jurar a pé juntos que foi exactamente isto que eu percebi: «Desculpe, onde fica o talho mais próximo

Perante o olhar estupefacto do meu colega, encaminhei o rapazito para o Talho 20 mais próximo. E ele lá foi à vidinha dele, todo contente, a caminho do talho...

Em 2006: Consigo a magnifica proeza de trancar os meus superiores hierárquicos (vulgos, chefes) dentro do escritório. No primeiro dia de trabalho. Para ajudar à festa (eu estava do lado de fora) consegui ainda prender a chave dentro da fechadura. E deu-me um ataque de riso tão grande que já nem falar conseguia.
Ah, e não fui despedida!!!
Em 2007: Numa aula de mestrado, a professora encerra a dita com a seguinte imagem:





Eu, Bxana Margarida, que NUNCA consigo ficar calada, digo, em voz alta, ainda antes de processar sequer o que estava a dizer:

Bxana: - Olhe que engraçado! Isto acontece-me todos os dias!

Oiço, instantaneamente, a voz de um colega meu, do fundo da sala:

Colega da Ilha: - Ah leoooooooooa!!!

...

...

... Um buraquinho... onde está um buraquinho para eu me enfiar???

:)

Bom feriado!

(amanhã vou para a praia... uh uh... nem que chova... uh uh!)

Zen







Goosfraba...

quinta-feira, 31 de maio de 2007

A minha realidade

Gosto de ser 'tuguesa por três questões essenciais.

1) Por isto:
"Portugal é o nono país mais pacífico do mundo: De acordo com uma tabela elaborada pelo Global Peace Índex, Portugal é o nono país mais pacífico do mundo. O Global Peace Index, agrupou 121 países, tendo em conta 24 factores, entre os quais os níveis de violência, o crime organizado e as verbas que cada nação destina às forças militares.A lista é liderada pela Noruega, seguida pela Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda, Japão, Finlândia, Suécia, Canadá, Portugal e Áustria. No fim da lista está o Iraque. Angola surge como o 10º país mais perigoso do mundo nesta tabela. Os Estados Unidos da América ocupam a 96ª posição."

Acho fixe, estamos atrás de um país bastante activo na Segunda Grande Guerra. Pelo menos, acho que eles também estão à nossa frente no que diz respeito à taxa de suicídio. E o facto de o Estado dar uma ninharia orçamental às Forças Armadas tem aqui os seus frutos!

2) Por isto:
"A estação de metro do Saldanha (linha Amarela) foi esta manhã evacuada devido à libertação de gás pimenta: O incidente ocorreu por volta das 10h00. Os utentes do Metropolitano de Lisboa começaram a correr para a saída, apresentando queixas de obstrução das vias respiratórias e problemas nos olhos. Onze pessoas terão mesmo necessitado de assistência médica.Os bombeiros informaram que se tratou de uma quantidade “muito concentrada” de libertação de gás pimenta. As imagens das câmaras estão a ser analisadas e suspeita-se que tenha sido um indivíduo a lançar o gás na estação.A estação já foi entretanto reaberta, mas o INEM permanece no local.A empresa que gere o metro promete para mais tarde um comunicado."

Acho fixe, não tem o impacto do Gás Sarin no metro de Tóquio, mas há aqui uma clara tentativa de chegar perto dos níveis de pacificidade nipónicos. A ver se passamos de 9º para 7º pá...
3) E por isto:

Margem Sul - by TSF


Isto é que o Japão não tem! Um deserto! Ora toma!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

A minha vergonhaça!

Sei que já vou um bocado atrasada... mas cá vai!
A pedido da Pestinha, segue a minha vergonhaça – ou seja, o momento mais embaraçoso, vergonhoso e/ou surreal da minha vida!

Dos vários “momentinhos deprimentes” da minha vida, estive a fazer uma selecção mental, e escolhi este por ser um dos mais surreais. Ou daquelas coisas que geralmente só acontecem à minha pessoa.

Há uns anitos, estava eu na faculdade quando decidi, juntamente com alguns colegas, fazer uma formação sobre alternativas económicas, mais concretamente sobre comércio justo.

Como o curso começava às 18h, e as minhas aulas terminavam às 18h, tinhamos de ir a correr para chegar a horas. Eu estava a estudar numa conhecida universidade a qual não vou dizer o nome, para me precaver, mas que tem uma cidade só para ela, e o dito curso era precisamente na Reitoria, a qual tem uma aula “prima” do Alexandre. O Magno.

Eu e mais dois colegas entramos na Reitoria, levantamos os crachás de “visitante” na entrada e corremos escada acima. Tinham-nos dito “lá em cima, depois esquerda, direita, esquerda”, mas devemos ter feito alguma coisa mal... Chegamos a um corredor vazio, e na penumbra está uma senhora, secretária, à porta de um gabinete, lá bem no fundo. Ela vê-nos, e imediatamente gesticula, dizendo “- Venham depressa, já começou, estão à vossa espera!”.

E nós entramos apressados, agradecendo à senhora (que estava aliviadíssima por termos chegado), desta feita num outro corredor. Ela conduz-nos a uma sala lá ao fundo, a meia luz. Entramos e mal olhamos para as pessoas, dirigimo-nos imediatamente para os únicos lugares vagos, e nem reparámos como era estranho serem sofás... A meia luz, lá nos sentamos, e no passar de segundos os nossos olhos vão-se habituando ao ambiente. E aí começa o verdadeiro problema. Na sala, estavam realmente jovens como nós. Estudantes. Cerca de 7. E no meio, estava um senhor de meia idade, que nos cumprimentou, contentíssimo “- Bem vindos, bem vindos, estavamos à vossa espera!”, dá um aperto de mão ao meu colega e dois beijinhos a mim a à Duckling. E eu começa a pensar “Conheço esta cara... será professor de economia?”. Os meus amigos não se descoseram. Estavam sérios e silenciosos que nem um túmulo, e nem sequer olhavam para mim, ou mesmo um para o outro.

O senhor começa a falar. A falar da universidade. A falar dos conselhos directivos das faculdades. E a falar de conversações que estava a manter com pessoal do Ministério da Educação.

Campainhas soam na minha cabeça.

Eu estava no local errado. Estava numa reunião do Senado da Universidade! E à minha frente o Reitor, um conhecido senhor cuja identidade não vou expor, mas que é conhecido por dois nomes, sendo que o primeiro começa por B e é um sinónimo que reporta a um insecto horrível que por sua vez gosta muito de viver em sitios pouco limpinhos, e sendo que o segundo começa por M, e reporta a um nome que é o feminino singular daquilo que os portistas chamam ao pessoal de Lisboa.

E o resto do pessoal tinha-nos confundido com os representantes de Letras. Que ainda não tinham aparecido.

Resultado: durante uma hora eu e os meus colegas ouvimos o rol de decisões e questões que estavam na ordem do dia, eu encolhidinha no sofá, à espera que um dos meus amigos tivesse a lucidez de dizer “- Estamos no local errado, peço desculpa...”. Mas nenhum fez isso. Aliás, eles nem olhavam para mim, logo eu nem sabia se eles se tinham apercebido (é óbvio que sim, mas nestas situações há gente que aparvalha, sendo que eu não sou excepção!), muito menos o que sentiam naquele preciso momento. E ia tendo um ataque quando o BM se dirige ao meu colega, e lhe pede opinião sobre os pontos expostos. Ele, aparentemente calmíssimo, diz a sua (nossa) opinião, defende certos critérios, tece criticas e ainda dá sugestões!

Era suposto estarmos noutro sítio, estavamos numa reunião a passar por outras pessoas, e ele calmíssimo a dar sugestões! Eu morria lentamente de vergonha, sentia a minha cara a ferver, rezava o Pai Nosso (eu que nem sei rezar) e pedia aos céus e à terra que não nos obrigassem a assinar actas, pois seria o mesmo que deixar uma impressão digital.

A partir do momento em que passou a primeira meia hora, já não podíamos dizer que era engano, pois já tinhamos tido tempo suficiente de dar pelo erro. A partir daquele momento, eramos claramente penetras/espiões. A minha nausea aumentava.

Depois de uma hora do mais puro terror psicológico, BM dá por encerrada a reunião, vem na minha direcção, pede-me para eu o recordar do meu nome, e eu lá digo, com o pânico nos olhos: “- Bxaaa-naaa”. Ele sorri, dá-me dois beijinhos, e diz “- Bxana , espero vê-la aqui mais vezes!... Não quer um café, antes de ir?”

Eu abano a cabeça, num gesto negativo, e digo, em voz baixa, olhar fixo “ - Nãããão... deixe estar. Obrigada! Foi um prazer conhecê-lo!”

Enquanto isso, estava sempre à espera que ele dissesse “- Bem, vamos lá assinar as actas...”

Mas não disse. Fui a primeira a sair da sala. Acho que ainda corri nos últimos metros entre a sala e a porta. Vou pelo corredor fora e nem olho para os meus colegas. Seguimos calados até à porta da reitoria. À porta, olhamos em volta, depois olhamos uns para os outros... e foi gargalhada geral. Meteu lágrimas e tudo, num misto de desespero e alívio.

No dia seguinte voltamos lá, para o dito curso. Fomos mais cedo, pedimos as instruções 20 vezes, e perguntámos, de 50 em 50 metros “- É por aqui?”. No fim, quando nos perguntaram porque faltámos à primeira aula, e contra a minha vontade, o meu colega contou a verdade. E eu fiquei, uma vez mais, roxa de vergonha. O pior é que no último dia os formadores mandaram-nos cumprimentos, da parte do reitor, entre risos...

Obviamente que o BM se apercebeu, na reunião seguinte, que os verdadeiros representantes da minha faculdade (que nunca apareceram NAQUELA reunião) eram outros. O que nunca soube é se lhe chegaram a contar o que de facto se tinha passado. Pelas bocas que ouvimos da organização do curso, penso que sim...

Uma curiosidade: Uns meses depois, estava eu na última lição de um professor meu, que se iria jubilar, quando vejo o reitor a entrar na sala, e sentar-se na mesa de honra. Enquanto durou a aula não tirei os olhos dos meus próprios sapatos.

Mas digo-vos, apesar de tudo, gostei de conhecer (não naquelas circunstância, obviamente) o Reitor. É um gajo porreirinho!;)
*
Adenda: Estava tão envergonhada que me esqueci de passar o desafio. Sim, também quero "ouvir" os vossos podres, caríssimos! Convocados:
Casemiro dos Plásticos
Dreadasister
Immortal
Karvela
Maharet
Minerva
Mocho Falante
E cá fico esperando! De um post deste género, claro, não de um piano a cair de um 12º andar, na minha direcção!:)
Miaus!

Ódios

Odeio cinismo.


Odeio imaturidade.


Odeio pessoas indecisas.


Odeio centros comerciais.


Odeio não poder usar sapatos altos.


Odeio as pessoas que matam focas.


Odeio ver cães e gatos abandonados.


Odeio não ter tempo.


Odeio trabalhar que nem uma ursa e continuar a não ter dinheiro.


Odeio não poder fazer desporto.


Odeio abrir a caixa de correio electrónico e ver 359 000 mensagens não lidas.


Odeio não me lembrar de como se faz a prova dos nove.


Odeio quando as minhas polaroid começam finalmente a perder a cor.


Odeio amarelo.


Odeio ser magra ao ponto de nem o S me servir, e nem sequer poder usar a desculpa que sou anoréctica, porque não sou!


E odeio odiar.


Tirando isto, tudo bem.

domingo, 27 de maio de 2007

Como mudar conceitos geográficos?

Exemplo de uma consequência directa dos disparates do Ministro Mário Lino (repara-se o "M", grande como só o seu sentido de humor consegue ser).
Atentem .


Um grupo de amigos está, ao serão, a jogar Tabu (jogo no qual temos de transmitir pistas para uma palavra-chave, através de outras palavras ou gestos). Entretanto, calha-me a palavra "Base". Eis o diálogo possível:


Bxana: " - Aviões. Montijo."
Amigos da Bxana: " - Margem Sul! Deserto!"


...




...




...




Obrigada Lino. Por seres quem és.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Mário Lino justifica Ota por margem sul ser “um deserto”

O nosso queriducho Mário Lino (esse homem brutalmente inteligente), que em Maio já gastou metade do orçamento planeado para este ano, disse, para a edição do Jornal de Negócios de hoje, e passo a citar:

«Na margem sul não há gente, não há escolas, não há hotéis, não há cidades, não há actividade

Ou,

«Não podemos construir o aeroporto num deserto

Ou,

«Para construir o aeroporto na margem sul era preciso transportar para lá milhares de pessoas

E a melhor:

«O aeroporto na margem sul era o mesmo que transformar o Norte do Alentejo em Brasília

...

Ora bem, agora que já me acalmei, depois de cinco minutos às gargalhadas, vou tecer os meus comentários venenosos de “margem sulense”! Eu, que, à laia da aborígene, cresci, descobri agora, em pleno deserto.

Meditando sobre o revelado, é verdade, sim senhor. Ainda por cima, apesar de ser Montijense, parte da minha família é precisamente da zona de Pegões e Poceirão, esse terrível deserto inóspito onde alguns malvados queriam colocar o aeroporto. Pessoalmente, nunca concordei que o aeroporto fosse lá por duas questões:

a) Provavelmente irei herdar um terreno lá para esses lados, e queria lá construir a minha mansão bxana, com 15 quartos e 20 salas de estar;
b) No Rio Frio situa-se o maior montado da Europa. Era chato cortar as árvores. Pronto.

Mas nunca, em tempo algum, me tinha ocorrido que era mau, e cito novamente, “não haver gente, não haver escolas, não haver hotéis, não haver cidades, não haver actividade” na margem sul. Note-se, ele fala da margem sul no global. Essa entidade autenticamente saída de um filme de Tim Burton, ou mesmo da série Twin Peaks...
Confesso que quando era cachopa, não tinha um único amigo... é dificil fazer amigos no deserto... é só cactos e camelos...

Aprendi a ler com uma tia-avó meio cegueta, já que não haviam escolas... nos dias de tempestade de areia enfiava-me na toca (as nossas casas eram escavadas na rocha, e faço já o alerta que Petra é uma reles imitação da nossa sociedade “margem sulense”) e sonhava com o que seria um hotel... uma escola... uma pessoa!

E aquela parte magnífica: “Para construir o aeroporto na margem sul era preciso transportar para lá milhares de pessoas.” Que dizer perante isto?

É verdade, a margem sul tem um défice de pessoal. São poucos os que querem viver numa zona tão isolada do mundo. Nada a ver com essa Las Vegas de Portugal – a Ota. Aliás, a TVI está mesmo interessada (e já contratou o J.P. Cerdeira para o efeito) em produzir o CSI Ota.

Encerro com aquela que me pareceu a frase mais dramática de ML: “O aeroporto na margem sul era o mesmo que transformar o Norte do Alentejo em Brasília.”

Seria, realmente, complicado. Brasília, essa cidade com tantos séculos de história, que cresceu ao longo de tantos e tantos anos, que teve um processo de colonização tão longo... aliás, escavações arqueológicas comprovam que os “Brasilianos”, já na Idade do Cobre, estavam preocupados com os problemas de emigração.

Tinha muito mais para dizer, mas basta ler estas pérolas do amigo Lino, para constatar o óbvio: temos ministros bem parvos, mas um anormal deste calibre, não é todo o governo que tem...

Miaus aborígenes!
Adenda: Quando eu pensava que o festival de disparates não podia piorar, eis que Almeida Santos brinda-nos com este comentário (no Público on-line):
O presidente do PS, Almeida Santos, invocou esta noite os riscos de segurança para rejeitar a construção de um aeroporto a sul do Tejo, advertindo que a destruição de uma ponte num atentado terrorista poderia cortar a ligação entre as duas margens do rio.
"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.
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Eu também não quero que o Aeroporto vá para a Margem Sul. Só que, para além de nunca me ter apercebido que vivia num deserto, também não sabia que se tratava nada mais nada menos que a Faixa de Gaza.

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