domingo, 29 de junho de 2008

Vai um copinho?

Fui almoçar com os meus pais à Adega Velha, em Mourão. Já algum tempo que me tinham falado maravilhas do restaurante, que havia por lá pessoal que depois de almoço se metia na pinga e começavam a entoar os cantares alentejanos. " - É mesmo muito bom!", diz o meu pai, enquanto lá me convence a ir almoçar a um cantinho cheio de possíveis futuros candidatos a membros dos AA. A verdade é que gostei. O sítio é diferente, não sei se escapava a uma visitinha da Asae, mas é... diferente. E giro. E pronto, gostei.
Um dos pontos altos foi quando o meu pai me perguntou:
" - Estás a ver ali aquele rádio castanho?"

E aponta para aqui:


" - Claro. O castanho. Sim, estou a ver..."


O outro ponto alto foi quando o Sr.-Dono-Do-Restaurante, simpático e bonacheirão, vem ter comigo, de copinho do branco na mão, e me pergunta:

" - Então você está a beber água? Andam uns pais a criar uma filha para isto..."

Ainda por cima os meus pais são da zona de Pegões, e eu nem sequer gosto de vinho. Sou a vergonha da família, eu sei.
Bem, deixo-vos com mais alguma fotos desta espécie de Pavilhão Chinês, mas versão alentejana.




sexta-feira, 27 de junho de 2008

Cool cats & friends

Alô!
Graças à fantástica Le Rachelet, descobri este site.
Eis algumas pérolas:


























terça-feira, 24 de junho de 2008

Pérolas de sabedoria

A «pessoa certa» para nós só o pode ser se, ao olhar para nós, vir a «pessoa certa» para ela.
By Margarida Rebelo Pinto
ou, por outras palavras,
Sim, eu deveria saber que sou uma coisa ensonsa e banal. Mas isso pressupunha alguma inteligência, sei lá...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Barcelona by the crazy cat eyes

Barcelona. Esta minha viagem a Barcelona ensinou-me muita coisa. A primeira foi a sensação de andar de avião. É verdade, esta é a terceira vez que viajo a Barcelona, e nunca tinha posto os pés num avião. Peço encarecidamente para ir à janela, para ver o caminho. Dizem-me primeiro que não, porque sou horrível a dar direcções, mas depois lá cedem.

Dia 1
No aeroporto:
Calor. Muito calor. Fazer o check-in e ver a minha mala a ser esmagada pelas passadeiras rolantes foi uma emoção quase tão grande como levantar voo. Não, perdão, fazer o check-in e ser revistada foi MUITO mais emocionante. A descolagem não é assim tão má.

No avião:
Companhia low-cost espanhola. As hospedeiras fazem a demonstração, sob o meu olhar assombrado. Eu não percebo espanhol, mas percebo muito menos inglês falado por espanhóis. Penso “se esta traquitana cai, vou morrer porque não percebi onde se puxa o cordelinho para encher o colete salva-vidas. Ok.”. O B, que me cedeu gentilmente o seu lugar à janela, depois de ameaças várias, diz-me: “não te preocupes, a descolagem é o pior”. Uma hora e quinze depois dobra as folhas que ia pacientemente a ler, e diz-me com o ar mais calmo do mundo “olha, menti-te, a aterragem é muito pior. Relax, ‘tá? ”.
Ok...

Em Barcelona:
Está nublado, frio, e ameaça chover. Fixe.

Em Barcelona:
Perdemo-nos. Fizemos a pé, com malas atrás, uma zona de Barcelona com várias semelhanças com Chelas.

Barcelona, 17:00:
Olha… uf, uf, uf…a… uf, uf, uf…pousada.”

Barcelona, 21:00:
Las Ramblas, restaurante. Comemos e bebemos quase tudo o que havia.

Barcelona, 03:00:
E não é que há um Irish – ic! – muit’á frente – ic! – mesmo atrás da Sagrada Família?

Dia 2
Barcelona para uns, Port Aventura para outros.
Depois de passar a noite a ressacar, achei – debaixo de um choro compulsivo “Eu queria tanto iiiiiiiiiiir!” – que era melhor não andar no Dragon Khan. Fico em Barcelona com os gudurosos que quer visitar a cidade.

Farmácia
Duckling – a única que sabe falar decentemente espanhol: “Buenos dias, blá blá blá, a minha amiga não se sente bem do estômago, (faz movimentos circulares a imitar a Fátima Lopes com a história dos Bifidus Activos), precisa de algo para a fazer sentir melhor. Ah, precisa também que lhe tirem a tensão arterial (aponta para o antebraço e bate duas vezes na zona das veias)”. Bxana envergonhadíssima ao lado da Duckling: “Pronto, para além de acharem que sou uma ressacada, também acham que sou drogada. Lindo”.


Parq Guell
O sítio ideal para curar uma ressaca. Depois de tempos sem fim a andar, depois de visitar a Casa-Museu Gaudi (é suposto ser um museu de cadeiras?), achámos o famoso miradouro do Parque, o dos banquinhos às cores. Nesse momento, demonstro toda a minha mais alta e nobre sensibilidade artística, e digo “Vou vomitar”. A Maharet e a Duckling passam-me piedosamente um saco da Pans para a mão. Olho cinco minutos para aquilo, e digo “Pessoal, já arrotei. Já podem tirar fotos”.

Ficou a segunda frase do dia.

Opus Gay

Volto para a pousada, para dormir mais um cadito. Duas horas depois, apercebo-me que estão a decorrer as Olimpíadas Gay no exterior da pousada onde estamos. Olimpíadas Gay. Ok. Decido que por muito mal que esteja, vou mas é ter com os meus amigos à zona da Rambla.

Plaça de Catalunya – parte 1
Decido apanhar o metro em Vallcarca, sozinha, rua abaixo, mas tento a minha sorte numa paragem de autocarros, tentando perceber onde aquilo vai dar. Darlings, eu mal percebo espanhol, quanto mais catalão. Fico a olhar para aquilo a ver se algo miraculoso acontece. Nada. Decido ir à minha vida e apanhar o metro. Nisto, apercebo-me de como deveria ser o meu ar de alucinada, quando um senhor, vindo não de bem onde, com um puto pequeno pela mão, me pergunta em inglês “Do you need any help?”. Abro ainda mais os olhos e digo, pausadamente “Yes!”. E calo-me. Ele não desiste: “Where do you want to go?”. Derrota. Esqueci-me. A Duckling foi muito específica na estação de metro onde tinha de sair, mas acabei de ter uma branca. Perante o meu silêncio e a minha cara de fantasma, o tipo insiste “Do you know where you wanna go?”. Sim, o tipo pensa que eu sou uma completa alucinada, a deambular por Barcelona sozinha, sem destino. O puto começa a ficar impaciente, e puxa a manga do pai. Mais tarde a Duckling sugere que ele deveria estar a dizer: “Papá, quem é estar pessoa estranha com quem estás a falar?”. Bem, lá me lembro e consigo dizer-lhe “Sorry, I need to go to Plaça de Catalunya!”. Ele lá me explica, super amável, e consigo ir lá ter. Milagre.

Plaça de Catalunya – parte 2
Mais umas voltinhas, e estamos todos sentados a ver a multidão da Catalunya. Estamos particularmente interessados num pombo que está a perseguir a sua pomba boazona. Quando está lá a chegar, vê na sua direcção um grupo de gente a correr. Foge. À nossa frente passa um grupo de cerca de 10 homens a correr em alta velocidade, com sacos de plástico preto às costas, a gritar e a fugir da polícia. A Duckling quebra o nosso silêncio de estupefacção: “Bem, o pombo lá perdeu o dia…”. Rimos que nem loucos nos minutos seguintes.

Noite – Las Ramblas, ou lá perto, penso eu
Super mal-disposta, a jantar num dos melhores restaurantes de Barcelona. Lá nos aguentamos até às tantas (já com o regressado grupo do Port Aventura), perfazendo um total de 14 portugueses loucos.

Dia 3
Ligeiramente mais bem disposta. Levantamo-nos cedo para ver o que nos falta de Barcelona. A Duckling faz anos hoje, pelo que lá fomos, por portas e travessas arranjar dois bolinhos, um com um 2, outro com um 6. Na hora de lhe fazer a surpresa, enganámo-nos nas posições, e assim se explica o belo vídeo que temos de todos nós a cantar os parabéns a uma jovem, perante um bolo que diz “62”.

Almoço
Super mal disposta. Os ressacados da noite anterior estavam com melhor aspecto que eu. Pareço uma zombie. Lá fazemos as voltas de última hora, e seguimos para a pousada. Hora de apanhar o avião.

Avião de regresso
TAP. Thank God. Menos 50% de probabilidades de vomitar. Saímos de uma Barcelona mais solarenga. Chegamos a uma Lisboa onde está quase a chover. Fixe.


Dia 4
Finalmente, o meu pai arrasta-me ao médico, já no Montijo.
Era a chuva, era a neve? Não, era mesmo uma gastrite.

E cá estou eu, em casa, amassada em pozinhos para o estômago. Fixe.

(Mesmo assim, Barcelona é mesmo gira!)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Se ainda houver combustível para o avião...

Quase a ir de férias!


Adivinhem onde?




sexta-feira, 6 de junho de 2008

Oh, fuck!

Jantar no Rock in Rio, durante o concerto de Machine Head. Como nunca tinha sequer ouvido falar da banda, marimbei-me para o concerto, e estava a milhas do palco principal. De repente o meu primo, pessoa mais que presente na audiência de loucos do palco mundo, manda-me o seguinte sms:
"Vem ver isto... É digno de ser visto... Até agora só percebi o gajo dizer: -Lisbon! Uaggrhhhh!!!"
...
Fui ver. Era a neve.
...
...
Não, era mesmo uma data de tipos a grunhir como se não houvesse amanhã.
E que diziam pérolas do género:
"Fucking Lisbon!"
"Fucking Portugal!"
"Lets fuck up this place!"
"Fucking nice!"
"Fuuuuck!"
Vocabulário variado, ein?

Nem sequer fizeram um esforço para me interrogar...

Não perguntem pormenores, mas ando com uma panóplia de medicamentos. Ou seja, a minha mala tem um bolso repleto de comprimidinhos de várias cores.
Ontem fui ao Rock in Rio e tive de passar pela famosa revista. O s'ô agente abre a minha mala, lá vai remexendo no casaco, telemóvel, baton e eyeliner, lenços de papel alvos de rinite e bilhetes de metro já usados, quando abre a bolsa que tem as minha droguinhas.
Imediatamente, porque me apercebi do efeito que uma descoberta daquelas (vários comprimidinhos às cores, dentro de uma bolsinha meio escondida) pode provocar num agente de autoridade, num local daqueles, fico coradíssima, e a primeira frase que me sai é a seguinte:
" - Sr. agente, tudo isto é legal!"
O homem olha para mim de lado, com um ar altamente desconfiado, e responde-me com um arrepio na voz:
" - Sinceramente, nem quero saber..."
E devolve-me a mala como se tivesse a devolver a coisa mais asquerosa do planeta.
Acho que depois da Amy Winehouse, eles apanharam medo de qualquer coisa.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nada como a Timberland, catano!

A semana passada comprei, numa loja mais em conta do Vasco da Gama, umas sabrinas sensacionais. O preço era genial, pelo que considerei um verdadeiro achado!
Hoje calcei-as, às 07:15 da manhã.
Às 09:30 estava na farmácia, a gastar o dobro do preço da m**** dos sapatos só em pensos de silicone para os corte s e bolhas.

Sim, dou nomes aos objectos, so what?

Podia fazer aqui um post com estou triste que o meu Marco Aurélio tenha ido para Espanha hoje, para reparação. Mas isso podia magoar os sentimentos aqui do meu César, com quem tenho passado tanta coisa, e por isso vou abster-me de fazer comentários.
César, me love you!
But I miss Marco Aurélio too...:( :( :(

© Sete Vidas - Template by Blogger Sablonlari - Header image by Deviantart