O mundo dá voltas, e voltas, e de facto parece-nos que está sempre tudo na mesma. Por mais que nos forcemos a um novo caminho, há sempre forças superiores (malignas?) que se regem pela perenidade.
Precisamos urgentemente de muita concentração, mas não conseguimos seduzi-la para o nosso lado. Terminamos as coisas, mesmo com essa dificuldade da mente em constante turbilhão, e depois constatamos que está tudo na mesma. E a concentração nunca vem. Já nos conhecemos. Bem demais. Faremos tudo num ápice, em pleno acesso de desespero, arrependidos por ter passado horas que já lá vão a pensar em coisas que em nada contribuiram para que o caminho siga em frente. Porque não podem existir curvas.
E por muito grande que seja a tempestade que temos de enfrentar, depois de terminada a missão (ou iniciada?), sabemos que seguimos em frente, mesmo que a chuva nos tolde a visão, o vento nos cinfunda com mil ruídos, que o frio nos desgaste a pele.
Sabemos a confusão que criamos com o som das gargalhadas nos tempos adversos, que muitos admiram as nossas lutas contra o tempo, que alguns nem suportam o som da nossa voz. Que as nossas ideias nem sempre são politicamente correctas, e que a maior parte das vezes nem sabemos onde fomos buscar a nossa coragem. Que somos, todos os dias, pequenos heróis. Que somos, sempre, grandes heróis.
Que seguimos em frente, muitas vezes sem avisar ninguém.
E que quando dão pela nossa falta, finalmente, já estamos longe.
Pois já seguimos, apesar deste mau, tempo, em frente.
*Perdoem-me o devaneio; em vez de estar a fazer uma recensão sobre um livro de Teoria da Informação, saiem-me coisas destas...
Alguém tem uma recensão já feita que me empreste?
2 comentários:
Isso chama-se evitamento ao trabalho! ;) Vá lá, toca a arregaçar as manguinhas e fazer o resumo para a cadeira supracitada :P
(falo assim porque já me livrei disso há uns anitos...)
Hehehe, tens toda a razão!=)
Já estou a queimar meus neuróniozinhos nisto, de novo...
Miaus! ^..^
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