quarta-feira, 27 de setembro de 2006

A terceira e última parte do Post #0

Continuando...

(sim, por favor, leia o post anterior... and so on...)


IX. Comunicado

Ora bem, tenho duas coisas a anunciar aos meus queridos amigos, e ambas do fundo do coração:

1) Muito obrigada pela prendinha, adorei!:) E sim, vou usá-la!!

2) Por favor, parem... com as bocas sobre o "Friends"! Eu já não quero dvd's nenhuns! Estou a apanhar um ódio de morte à série, já não posso ouvir falar deles! Eu tenho espasmos quando me dizem... "Ah, se calhar preferias a série..."! Não preferia nããããão! Eu juro, surpresa foi infídavelmente melhor!=)

Beijocas*Obrigada! Portem-se bem!

*Bxn* - " the one who loves her friends, but doesn't need any more "Friends" "

X. Reflicta sobre isto

Hoje estava a ler um livro, enquanto ia de barco para Lisboa, com vários "pensamentos".

Alguns completamente pessimistas (o que é óptimo para se ler logo de manhãzinha, a meio da semana, naquela altura em que estamos altamente bem dispostos).

Vejam, um exemplo:

" Só reconhecemos uma boa oportunidade na nossa vida, depois de a perdermos...! "

Eu concordo, está bem, é capaz de ser verdade. Opá, mas não me venham com estas tretas logo de manhã!

Por isso, vou por aqui uns muito mais verdadeiros, dois ou três aprimorados por mim, e mais fáceis de ler, naquelas altura complicadíssimas do dias, entre as 8h e a 18h horas.

Aqui vai:

- Para as mulheres: Não procures o príncipe encantado. Procura o lobo mau: Ele vê-te melhor, ouve-te melhor e ainda te come.

- Pobre é uma desgraça: diz sempre que não tem nada, mas quando chove diz que perdeu tudo.

- O mundo só é bom porque é uma bola, pois se fossem duas seria um problema.

- O homem é o único animal que consegue estabelecer uma relação amigável com as vítimas que ele pretende comer.

- Sabes o que o espanhol (ou outra nacionalidade que gostem particularmente) tem mais que o português? Tem mais é que se f****.

- O casamento é a única instituição onde se conquista a liberdade por mau comportamento.

- Uma amizade tem que ser igual ao rabo: tão unido que nenhuma porcaria separa.

- Mal por mal, é melhor ter o de Alzheimer que o de Parkinson, pois é melhor esquecer de pagar a cerveja do que derramar tudo no chão.

- Se saíres de casa e um pombo cagar na tua cabeça, relaxa e pense na perfeição da Mãe Natureza, que deu asas aos pombos e não às vacas.

XI. Estou farta de falar de mim. ‘Bora falar dos outros!

Acho que as pessoas hoje em dia estão cada vez menos humanas, e menos sociáveis. A sério. Fixam-se num ponto e não vêem mais nada, fixos na universidade, e desconfiando da mutabilidade. O que é estranho, de todo, pois vivemos na época da mudança rápida, a mudança em “flash”, tão rápida que a maior parte de nós nem a compreende...

Às vezes olho para os que vêm ter comigo, que me pedem informações (trabalho num espaço de atendimento), e apesar de falarmos todos português, há cada vez menos aptidão para as pessoas aceitarem ouvir aquilo que não lhes convém. “Mas tem a certeza?” – é claro que sim... E, recentemente, um senhor dirigiu-se a mim, perguntando-me porque é que fazíamos hora de almoço, que estávamos "muito relaxados".

Ora bem. Eu até compreendo, que determinado indivíduo trabalhe num determinado horário, e só tenha a hora de almoço ou a noite para fazer outras coisas. E que a essas horas já está tudo fechado. Até compreendo, porque isso acontece-me SEMPRE. Nunca posso ir a lojas, senão a supermercados (que odeio), nunca posso ir a médicos, senão aqueles que trabalham em clínicas que fecham por voltas das 22h (privados, claro – serviço público? Como? Se não posso faltar a um dia de trabalho, pois segundo o nosso Sistema Nacional de Saúde, é preciso um dia inteiro para marcar uma consulta?.

Mas eu nunca me queixei das pessoas que fecham as lojas às 19h. Percebo perfeitamente. Agora – chamarem-me desleixada porque tenho de ir almoçar? Desculpem? Sim, seria óptimo se o Sr. Estado pusesse mais gente a trabalhar em todo o lado por turnos, de forma a cobrir as horas de almoço, para que todos e quaisquer serviços públicos não encerrassem das 7h às 27h, n’era? Eu adorava – já não precisava de me levantar às 5h da manhã para ir às Finanças, ou passar 5 horas nas filas da Loja do Cidadão para renovar o B.I. Já não precisava de passar duas horas em pé nas filas da faculdade para pagar as propinas (porque não há cadeiras), não precisava de estar 7 meses à espera de uma consulta de oftalmologia (porque os médicos trabalhariam mais), já não precisava de ir às urgências do hospital por uma simples gripe (porque os centros de saúde estariam abertos por mais tempo), já não precisava de ficar 4 horas à espera de ser atendida numa câmara municipal para tirar uma licença para pintar paredes. Ou melhor, para saber o que fazer para tirar uma licença para pintar paredes. Era o máximo. Mas não me parece que isso aconteça tão cedo…

Meus senhores: eu preciso de almoçar. É mais forte que eu, percebem?


XII. Coisas que só acontecem a mim...

Estou em desespero. Estávamos em Junho, quando me candidatei a uma pós-graduação que me anda a fazer falta à milénios (vulgo, dois anos). Fui toda contente inscrever-me, mandei a papelada, e marquei as minhas férias. Dois dias antes de ir para o sagrado repouso, telefonam-me da faculdade a informar-me que entrei [ uau, sim, o pessoal administrativo de uma universidade pública telefonou-me a dar a notícia - afinal, a função pública é baril ;) ], e a avisar-me para ir o mais depressa possivel, já que as inscrições tinham a duração de uma semana.

Chego lá. E a minha pós-graduação afinal mudou. Por conta do Processo de Bolonha, passou para mestrado. Senti-me estranha. Como se descobrisse que o meu melhor amigo afinal é transexual.
Mestrado?
Mestrado?
Mas... mestrado, a sério?

Agora, tenho uma tese para fazer.
Sobre?
Pois...

Fixe, vou ser "mestra". Vou fazer um trabalho académico...
E depois falam-me de livre arbítrio?

Sejam sinceros... quantas pessoas conhecem que se tenham inscrito num mestrado por acidente???

Sem comentários:

© Sete Vidas - Template by Blogger Sablonlari - Header image by Deviantart