segunda-feira, 20 de julho de 2009

Planos de contingência?

Eu apanho todos os vírus que andam por aí. Todos. Em viagem, sou a primeira (e normalmente a única) a apanhar uma gastroenterite. Sou eu que apanho gripe, depois de uma semana de férias. Sou eu que desenvolvo aquela alergia que faz centenas de borbulhinhas no pé. E estou ansiosamente à espera do dia em que me vai picar um peixe-aranha, pois é das poucas coisas que faltam no meu CV.

Por isso, é uma questão de tempo até eu apanhar gripe A. Com sorte vou ser a única pessoa na minha empresa - e da minha rua - a apanhar gripe A. Provavelmente vou apanhar "mais" gripe do que a pessoa que me infectou.

Vou estar de quarentena, num hospital sem condições para isso, cuja sala de internamento vai ser idêntica a uma cave; vou ter direito (?) a uma televisão com os quatro canais, e todos os livros em que eu tocar vão ser queimados depois de lidos, tipo inquisição. Vou olhar pela janela (?), e desesperar, não só pelo tempo que não passa, mas pelo facto de a vista do meu quarto ser para o telhado de zinco da incineradora do hospital. Não me vão dar um telemóvel nem vou poder ligar de um telefone fixo, com medo de contágio. Os médicos e enfermeiros vão entrar de fato espacial no meu quarto, e vão olhar-me como se eu tivesse culpa de ter apanhado a doença.

Se tiver de ficar em casa, só gostava de saber quem vai às compras por mim; será que o continente faz entregas nestes casos? Podiam-me deixar as compras no vão da escada (uma vez mais, os fatos espaciais são indispensáveis), e depois "baza baza, casa casa".

A verdade é que o que me assusta mais são certas medidas medievais de quarentena, do que a própria gripe. E já há quem concorde comigo...

(Não pensem que sou contra a quarentena, pelo contrário, até acho que todos os organismos, públicos e privados, têm de colocar seriamente a hipótese de a sorte grande lhe bater à porta. Simplesmente tenho lido e visto reportangens de pessoas que estão de quarentena, e que são quase culpabilizadas de terem a doença...)

4 comentários:

Rachelet disse...

E ouriços do mar, já tiveste essa sorte? Garanto-te que nunca dei tanto valor ao percurso básico cama-WC até ter os pezinhos cravejados com picos de ouriço do mar (que levam cerca de 6 meses a sair).

Casemiro dos Plásticos disse...

fica em casa mulher :X

Rafeiro Perfumado disse...

Caladinha, que eu já pisei o estúpido de um peixe-aranha, na Lagoa de Albufeira!

Anónimo disse...

Olá, estive de quarentena no inicio do mês passado com suspeitas de gripe A e não fez diferença nenhuma quando bateram à porta com a mascara e o fatinho especial, o que fez diferença foi o medicamento - Tamiflu - que rebenta connosco.
Vais ver que não apanhas esta :)
Beijinhos

© Sete Vidas - Template by Blogger Sablonlari - Header image by Deviantart