Eu, que sou cega, descubro centenas de coisas: a delicada simetria de uma folha, a casca suave de uma bétula, a cortiça áspera de um pinheiro. Eu, que não posso ver, aconselho aos que podem: usem seus olhos como se amanhã fossem perdê-los. Ouçam a música das vozes, a canção do pássaro e os sons poderosos da orquestra como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objecto como se amanhã fossem perder o tacto. Aspirem o perfume das flores e degustem cada bocado de alimento como se nunca mais pudessem degustar ou aspirar novamente. Extraiam o máximo possível de cada sentido. Glória a todos os aspectos, a todos os prazeres, a toda a beleza que o mundo nos revela!
Retirado de O espírito criativo, Daniel Goleman, Paul Kaufman, Michael Ray
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