Esperem...
Não, não há NADA que eu me lembre que se compare à humilhação que uma mulher sofre ao passar por um grupo de trolhas. Sim, porque quanto maior é o grupo, maior a possibilidade de ouvir as maiores ordinarices jamais inventadas deste lado do Universo, não porque são mais, mas porque, tal verdadeiros chimpanzés na selva, há que mostrar ao grupo quem é o macho dominante, neste caso não por intermédio de lutas ou sons guturais, mas por intermédio de "concurso da frase mais ordinarenta da Humanidade".
E se já tivemos casos em que trolhas miaram para nós, ou já disseram a típica frase, e suas variantes "Ó flor do meu jardim", já todas nós, mulheres, de todos os tamanhos e idades, ouvimos coisas de fazer corar o gajo dos Ena Pá 2000.
É por isso, que, eu, num misto de veia diplomática e inspirada na mui bela e erudita canção "Só à Estalada" da Rute Marlene (que apregoava a vingança ao desaforo vestida de mini-saia plástica laranja às rendinhas - ok, boa sorte Rute!), defendo, por isso, a versão "Só à Porrada".
Por cada expressão indecente, era golpe à Chuck Norris em cima, e depois, já deitadinhos no chão, de barriga para baixo, com o braço dobrado atrás das costas até partir - e, de preferência, a sangrar, devido ao nariz partido - dizer-lhes carinhosamente "Então, está a doer? Está? Está? (e puxa-se mais o braço para trás)" - continuando - "Isto aqui é muita areia para a tua camioneta, oh sua criaturinha inferior!"... Depois, largamo-lo e deixamos a criatura a contorcer-se de dores no passeio, enquanto nos dirigimos para a lavandaria, para tirar as incómodas nódoas de sangue.
Ainda estou a ponderar se deveriamos pedir indeminização pelas unhas/saltos potencialmente estragados, e pela lavagem das manchas de sangue. Talvez não. Talvez sim.
Devia haver uma lei que aprovasse isto.
Um dia. Um dia...